Como entendemos que a arte permite-nos ver e pensar o mundo sempre de uma perspectiva diferente, de desenvolver um olhar profundo, crítico e criativo da realidade quotidiana e assim também, tornar possível sonhar, idealizar e mudar o futuro. Aceitámos em Novembro de 2022 o convite do Mosaiko para dinamizar a oficina de fotografia “Direitos Humanos numa imagem”, onde lançámos o desafio a 18 jovens para que através da fotografia reflectissem sobre um dos direitos contemplados na Declaração Universal dos Direitos Humanos.


Art. 16.º DUDH 
Desumano é, também, o acto de unir peças que não encaixam.
Graciana Chamba


Discurso de fim de curso “Esquadrão ISO”
Queremos agradecer a todas e todos os presentes aqui hoje.
Hoje é um dia especial porque temos diante dos nossos olhos imagens que gritam, apelam, desabafam, protestam e contestam.
Hoje é um dia especial porque foi há 74 anos que os homens pensaram sobre os direitos
que a todos dizem respeito e decidiram declará-los e nós, hoje, por meio da fotografia e por iniciativa do Mosaiko aqui estamos para também documentar numa fotografia os Direitos Humanos.
Afinal, «até que ponto uma imagem fala mais que mil palavras?»; «até que ponto as palavras Direitos Humanos se podem estampar numa única fotografia?».
Nestas imagens estão a composição de 18 jovens angolanos que através do que lhes veio na alma mediram a luz e decidiram tirar para fora o que começou com um simples pensamento em torno do somatório direitos, deveres, luz e sombra. Uma frase ficou: «a fotografia é essencialmente luz».
Foram quatro semanas literalmente a “desarrumar” o Mosaiko e a movimentar as coisas de um lado para o outro, obrigado a todas e todos que directa ou indirectamente tornaram isto possível.
Agradecer aos formadores Luís e Tânia, foram realmente facilitadores deste processo e hoje no entanto já fotografamos em modo manual. Nada foi automático.
Depois desta experiência, estamos em altura de responder à pergunta «que fotógrafo queremos ser?». Se queremos utilizar os nossos talentos e habilidades só para merecer aplausos ou se podemos a partir daqui utilizar a fotografia como meio de dar a voz a quem precisa. 



Livro Direitos Humanos numa Imagem, edição Mosaiko